Thursday 24 January 2008

SAUDADE OR LOVE? WAS SHAKESPEARE WRONG?





















Shakespeare Love Sonnet 18

Shall I compare thee to a summer's day?
Thou art more lovely and more temperate.
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer's lease hath all too short a date.
Sometime too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimmed,
And every fair from fair sometime declines,
By chance or nature's changing course untrimmed.
But thy eternal summer shall not fade,
Nor lose possession of that fair thou owest,
Nor shall Death brag thou wander'st in his shade
When in eternal lines to time thou grow'st.
So long as men can breathe, or eyes can see,
So long lives this, and this gives life to thee.




Todos esperam que você esteja cumprindo o seu papel na vida. Adequadamente. Você não pode parar no box, porque encontrou muito tráfego no caminho. Cada um que o cumprimenta pela manhã está convencido de que você soluciona, a contento, os mil problemas do dia-a-dia.
Como poderia ser de outra forma? Não vá bater á porta do vizinho da frente, para informá-lo dos seus dramas existenciais. Não seja importuno. Cabe a você resolvê-los.
Ora, o albatroz voa dois mil e quinhentos quilômetros, para alimentar as crias. Você está preocupado com os filhotes do albatroz? Também você está só. Como um epilético que caia em crise, na rua Direita, às três da tarde.
Procure ser expedito, dedicado, polido. E (já me esquecia) sorridente. Não deixe faltar-lhe o sorriso. E a cada um que encontrar, diga que você vem de Shangrilá.
Se, finalmente, você achar que acabará em estado de choque ou que a fiação da sua cabeça está velha e desgastada, não espere trocas ou peças de reposição.
Tome a cerveja da tardinha: ela será o seu fio-terra.